Minhas

terça-feira, 25 de maio de 2010

Despertando a alma

Adorei, me recordou alguém. Sendo egoísta: EU! (haha)

Amiga obrigada por esse texto, leve, significativo, marcante.

Lindo de morrer!





Exigiram-me tal postura de graça e delicadeza. Eu, muitas vezes fraca, muitas vezes sem ideais, me deixei corromper. Pois ser flor não é nada além de inspirar poetas e amores. Pretendia mais da vida. Poder olhar e pensar. Ter dores de amor para poder escrever. Nem pude desenvolver a solidão, o fascínio, a saudade. Só o tempo permite certas delimitações na alma. Poetas não devem se casar. Quem faz poesia deseja o inusitado, as camas alheias envoltas em perfumes doces e beijos de adeus. Poetas enxergam flores desbotadas e amores impossíveis. É preciso ver o impossível. Só os medíocres vivem de possibilidades, querer o impossível é como se assustar quando o contrário acontece. Gostaria de viver entre soluços que o inusitado proporciona. Sobressaltos, correrias, apelos, exageros e gritos. No entanto, é no absoluto silêncio que se faz a mais sutil poesia. É de se encantar o viver...


Elisiane Matos

Um comentário:

Jorge Sader Filho disse...

Assim é, cara Elisiane. Não sou poeta, mas cronista. Primo dele, talvez.
Almejar o impossível sempre atrai. "Será que vai?" e uma pergunta bem mais interessante do que um seco "Vai".
Parabéns pelo blog.

Carinhos
Jorge