Minhas

segunda-feira, 3 de maio de 2010

DO SEDUTOR FRUSTRADO: Sangue derramado (1)


Vaguei pela casa, era meia noite. Sentei num pequeno banco ao lado da janela e observei a lua. Tive sede e fui até a geladeira, me assegurei que ninguem me observava. Fui. Peguei uma taça , coloquei vinho, o apreciei como se fosse o ultimo vinho que beberia na minha vida. Ela tinha ido embora, mas havia um pouco dela em cada canto da casa, nos moveis, no perfume espalhado, nos pratos sujos, no lençol. Ah no lençol. Aquele que nos aquecia nos momentos frios, e que escondia os nossos mal feitos durante a madrugada. Era madrugada e eu sem ela. Sentia uma falta mortal, uma falta hipnotizadora, aterrorizante. Ela que sempre estava comigo, se foi. E eu nada pude fazer. Andei por toda a casa relembrando os momentos que passamos juntos, os banhos, as alegrias, as brigas… Andei por tudo, e o vinho se acabando. Me aproximei novamente da janela, brindei com a lua o ultimo gole do vinho, bebi. E ali, derramei meu sangue para que outros pudessem provar a minha dor de ter perdido a mulher que tanto amava.

( Codinome: Van Sirilank)

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